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Senador Canedo,20/05/2025

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Moraes repreende advogado em julgamento do golpe: 'Não vou permitir circo no meu tribunal'

g1.globo.com
Moraes repreende advogado em julgamento do golpe: 'Não vou permitir circo no meu tribunal'


Durante o interrogatório de uma das testemunhas, o advogado insistiu em repetir a mesma pergunta, mesmo após a resposta já ter sido dada. A atitude irritou Moraes, que advertiu o defensor pelo comportamento. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), repreendeu nesta segunda-feira (19) um dos advogados de defesa durante o julgamento que investiga a tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022.
Durante o interrogatório de uma das testemunhas, o advogado insistiu em repetir a mesma pergunta, mesmo após a resposta já ter sido dada. A atitude irritou Moraes, que advertiu o defensor pelo comportamento.
"O senhor já perguntou 4 vezes a mesma coisa. A testemunha já disse que não pode afirmar com certeza se era o mesmo documento, mas que os pontos importantes eram semelhantes. Se o senhor puder continuar, por favor", disse Moraes.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF
Rosinei Coutinho/STF
O advogado, no entanto, alegou que estava sendo tratado de maneira desigual em relação à acusação e que apenas queria ter os mesmos direitos para esclarecer quando teria sido a reunião com Anderson Torres e qual seria o papel de assessoramento do então ministro da Justiça a Bolsonaro.
"Só queria ter o mesmo tratamento da acusação. Sou simples advogado, distante do PGR...", disse o defensor.
STF começa a ouvir testemunhas de acusação e de defesa em julgamento do golpe
Ao ouvir a justificativa, Moraes elevou o tom e reforçou que não permitirá desrespeito ou tumulto durante as oitivas.
"Nós não estamos aqui para fazer circo. Não vou permitir que vossa senhoria faça circo no meu tribunal. Vossa senhoria já foi desrespeitoso quando disse que não haveria necessidade da advertência do falso testemunho. Isso é previsão legal, vale para civis e militares. Se vossa senhoria ler o Código de Processo Penal, vossa senhoria saberia disso. Vamos continuar com tranquilidade. Vossa senhoria faz as perguntas, mas não adianta ficar repetindo 6 vezes a mesma pergunta para tentar que a testemunha mude", afirmou o ministro.
O caso apura uma trama golpista que buscava manter Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que Bolsonaro e o então candidato a vice-presidente Braga Netto lideraram a tentativa de golpe, juntamente com outros aliados, incluindo militares e civis.




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